Polissemia
Polissemia
é a propriedade que uma palavra tem de assumir vários significados.
Exemplos:
ü
O
homem tinha uma carreira brilhante.
ü
O
homem oferecer um brilhante em troca
de pão.
É
evidente que a palavra brilhante possui
significados em cada uma das frases. A esse fenômeno chamamos de polissemia.
1)
Denotação – consiste em utilizar a palavra no
seu sentido próprio e único, que não permite mais de uma interpretação. Numa
linguagem mais simples: a palavra que todos entendem da mesma maneira.
Exemplo:
ü
Comprei uma geladeira.
Nesta frase todos
entendem que foi comprado um utensílio doméstico que tem por finalidade
resfriar alimentos.
2)
Conotação - consiste em dar novos significados
ao valor denotativo da palavra.
Exemplo:
ü
Minha
namorada está uma geladeira comigo.
Nesta frase entendemos
a palavra geladeira não com seu sentido normal, mas a ideia de indiferença e
frieza por parte da namorada.
O valor denotativo ou
conotativo depende do contexto em que a palavra se encontra.
Exemplo:
ü
Isaura
estava alegre. (denotação)
ü
Ela
usava um vestido alegre. (conotação)
É isso que chamamos de
sentido próprio (denotação) e sentido figurado ( conotação).
3)
Dialetos - uma língua pode apresentar
diferenciações, modalidades às quais damos o nome de dialetos. Os dialetos existem em função de vários fatores: origem
geográfica, situação social, cultural, idade, profissão e muitos outros. Dessa
forma podemos identificar:
a)
Dialeto
Regional: modo de
falar e escrever próprio de uma região.
b)
Dialeto
Caipira: modo de
falar e escrever de pessoas que não foram instruídas na escola.
c)
Dialeto
Culto: modo de
falar e escrever de pessoas que passaram pela escola. Esse dialeto supõe um
vocabulário mais aprimorado e a observância das regras da língua.
d)
Gíria: modo de falar e escrever de alguns grupos.
No Brasil,
notamos apenas variantes geográficas (sotaque nortista, mineiro, gaúcho, etc.).
O mesmo ocorre entre Brasil e Portugal: as diferenças em nível de vocabulário
na língua culta não são tão expressivas que não permitam a compreensão.
No entanto,
como a língua é um processo dinâmico, as variantes regionais adquirem
características muito distantes da língua culta.
Para
formarmos uma ideia melhor: se formos para Portugal poderemos nos ver, “de
repente, em terríveis águas de bacalhau”. Mas imaginem um português ouvindo o
poema abaixo:
Poema caipira
que revela traços de algum antigo crioulo que se falara no Brasil
Saudosa Maloca
Si o sinhô num tá alembrado
Dá licensa di eu contá
Qui aqui aonde agora istá
Esse adifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Qui eu, Mato Grosso e Joca
Construímo nossa maloca
Mais um dia
Nóis nem pode si alembrá
Veio os home cas ferramenta
O dono mandô derrubá
Peguemos tudo as nossas coisa
E umos pro meio da rua
Apriciá a demolição
Qui tristeza qui nóis sintia
Cada táuba qui caía
Doía no coração
Mato grosso quis gritá
Mais em cimam eu falei
Os home tá cá razão
Nóis arranja ôtro lugar
Só si conformemos
Condo Joca falô
Deus dá o frio
Conforme o cobertô
E hoje nóis pega paia
Nas grama dos jardim
E pr'á isquecê
Nóis cantemos assim
Saudosa maloca, maloca quirida
Din-din-donde nóis passemos
Dias filiz di nossas vida.